Editorial – Quão agradável você pode ser?
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Published: Saturday, 30 September 2017 03:06
Jan Nicolaas Kind – Brasil

Jan em seu escritório em Brasilia, Brasil
Na edição de março de 2017 do periódico holandês Theosofia (Jaargang 118.Nr.1), um artigo intitulado "Consideração" (no " Overdenking" holandês) consta que a autora, Saskia Campert, se pergunta se, de fato, os teosofistas têm obrigação de ser amigáveis, amorosos ou compassivos em todos os momentos. No primeiro parágrafo de seu texto, Saskia descreve um diálogo que teve com um colega teosofista que, aparentemente, encontra dificuldades em simplesmente ser bom o tempo todo, especialmente no local de trabalho, onde é bastante difícil aplicar aquilo que os sistemas religiosos e filosóficos, incluindo a Teosofia, sempre parecem enfatizar: bondade, tolerância, não violência, paciência e desapego ao ego. Ela aprofunda o assunto, mencionando que os mestres do Zen nem sempre são tão amorosos, mas duros e desagradáveis com seus alunos, cita alguns teosofistas e, no final, conclui que, se for necessário, os teosofistas certamente podem se manter firmes em seus posicionamentos, contanto que certos padrões de comportamento sejam considerados.
Estou particularmente interessado na questão que Saskia levanta sobre ter que ser agradável e afetuosa o tempo todo e muitas vezes me perguntei se, durante os anos em que fui ativo nos círculos teosóficos, consegui ser um exemplo brilhante de tolerância carinhosa e de bondade amorosa ou não. Tenho muito a me arrepender, devo admitir que provavelmente não passei em todos os testes cruciais que desafiaram meu comportamento.
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