Língua Portuguesa

A Nossa Unidade – Série

Dara Eklund – USA

Mais perto do Objetivo

É na verdade natural que os teosofistas estejam em introspeção numa altura em que parecem existir tantos elementos divisionistas ainda em ação na sociedade. Sustentando o ideal que a “fraternidade é um Facto na Natureza”, parece que a humanidade como um todo ainda não percebeu este Facto. Enquanto declamam lealdade à “Unidade na Diversidade”, os elementos diversos não foram ainda integrados numa perspetiva equilibrada, e muito menos numa unidade. Observamos com os antigos preceitos taoistas que “O Grande Caminho é muito simples, mas as pessoas adoram os atalhos”. Também a filosofia chinesa mostrou-nos que, para ter harmonia no mundo, primeiro devemos ter harmonia no indivíduo, na família e na nação. Portanto a harmonia começa connosco, nos nossos corações e vidas diárias, ao dominar as tendências negativas que nos têm separado do nosso Ser Verdadeiro.

Como Alice Cary escreveu no seu poema “Nobreza”
“O verdadeiro valor está em Ser, não em parecer – em fazer cada dia que passa, algum bem – não em sonhar grandes coisas para ir fazendo aos poucos e poucos…Não existe nada tão majestoso como a bondade, e nada tão majestoso como a verdade”. Influenciamos o conjunto da humanidade com esses simples começos.

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A Nossa Unidade – Série

Betty Bland – EUA

Unidade entre teosofistas
Uma das minhas receitas favoritas, embora decadente, vem da família da minha mãe - é o tradicional bolo inglês do Sul. A receita provavelmente apareceu quando as receitas não eram ainda tão sofisticadas como hoje, e portanto os seus ingredientes eram simples: 450 gramas de ovos, 450 gramas cada de manteiga, açúcar e farinha. Ajustamentos para refinar a receita foram feitos ao longo dos anos, mas as proporções continuam sendo as mesmas. Ora, isto é um caso onde o todo é melhor que as suas partes. Cada ingrediente é dependente da sua mistura com os restantes e se algum ingrediente falhar, o resultado é um desastre.


Bolo inglês do Sul

Como teosofistas que estão comprometidos com o objetivo fundamental da fraternidade, somos parecidos com esse bolo inglês. Através dos nossos desafortunados desencontros e desacordos nós evoluímos para ingredientes diferentes mas essenciais de todo o bolo teosófico. Se algum dos nossos grupos que está comprometido com a mundivisão teosófica conforme defendida pela Madame Blavatsky se afasta dos restantes, rebaixa o resultado do nosso produto final – o erguer da humanidade, com a consequente libertação da superstição religiosa e materialismo científico, de modo a que possamos crescer em paz e harmonia.
Considerando a situação mundial atual, podemos ver mais claramente do que nunca porque os Mestres eram tão firmes sobre a urgência da nossa tarefa. A senhora Blavatsky tornou isto claro nos seus escritos, e eu cito-a a partir dos Collected Writings:

Mas para que possamos ser capazes de efetuar este trabalho em nome da nossa causa comum, nós temos que dissipar todas as diferenças particulares. São muitos os membros ativos da Sociedade Teosófica que desejam trabalhar e trabalhar muito. Mas o preço da sua ajuda é o de que o trabalho seja feito à sua maneira e não à maneira dos outros. E se não é, então eles afundam-se na apatia ou deixam completamente a Sociedade, declarando a viva voz que eles são os únicos teosofistas verdadeiros …Mas para trabalhar corretamente na nossa Grande Causa é necessário esquecer todas as diferenças pessoais de opinião sobre como o trabalho deve ser levado a cabo. Deixemos cada um de nós trabalhar à sua maneira e não nos dediquemos em impor as nossas ideias aos nossos vizinhos…A Teosofia é essencialmente não sectária e trabalhar por ela permite a entrada na nossa vida interna…Portanto, “A UNIÃO FAZ A FORÇA”; e por todas as razões, diferenças particulares devem se dissipar no trabalho comum pela nossa Grande Causa (Vol.XI; pp. 165-166).

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Editorial

Jan Nicolaas Kind –Brasil

Há muitas luas atrás - deve ter sido no verão de 1968 quando ainda vivia em Amsterdão – que pela primeira vez na vida me disseram que existia algo chamado Teosofia. O homem que teve a bondade de me abrir essa porta era um famoso músico judeu de idade avançada, que havia sobrevivido milagrosamente aos horrores da II Guerra Mundial. Eu fiquei fascinado por ouvir falar sobre as leis de causa e efeito, karma, reencarnação, os mundos visíveis e invisíveis, tolerância e compaixão, liberdade de pensamento e sobre como a música cria energia que influencia as mentes das pessoas e o seu ambiente.
Eu lembro-me vivamente daqueles passeios pelo parque da capital da Holanda. Quando nos sentávamos num banco, ele sempre começava por me contar a sua longa e interessante vida como violinista e maestro, os artistas e os compositores que tinha conhecido, os seus anos em Paris, os amores da sua vida e a…Teosofia.

Na altura - os vibrantes e coloridos anos sessenta - a minha cabeça estava preenchida com Jim Morrison, Jimi Hendrix e os Iron Butterfly. Eu tinha a certeza que ia mudar o mundo. Bob Dylan era o meu herói, a guerra no Vietname era horrível, Woodstock estava ainda a ser preparado e à noite eu sentava-me com alguns estudantes meus amigos tentando entender o que Jean Paul Sartre queria dizer quando escreveu que os humanos estão condenados a serem livres. A somar a tudo isto, esse senhor de idade falava comigo sobre Teosofia.

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Liderança teosófica

Introdução

Jan Nicolaas Kind – Brasil

“O tempo e o mundo não param. A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou o presente estão destinados a perder o futuro.”

– John F. Kennedy

Em 2008 os membros da Sociedade Teosófica de Adyar elegeram democraticamente o seu Presidente Internacional. Acabou por ser uma eleição muito controversa. Até hoje as consequências daquela desafortunada época ainda são sentidas. Não é intenção agora abrir velhas feridas ou lançar nova série de discussões inúteis, antes pelo contrário. Mas qualquer organização que se respeite, incluindo a ST Adyar, deverá ter a coragem de olhar retrospetivamente para certos acontecimentos e aprender com eles, para que quaisquer erros possam ser evitados nos futuro.

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Editorial (1)

Jan Nicolaas Kind – Brazil


Jan Nicolaas Kind

“Parece-me que algumas redes sociais sobre Teosofia estão a experienciar uma crise de identidade. Nunca devemos generalizar, existem naturalmente exceções, mas alguns moderadores estão claramente se colocando numa posição de autoproclamada superioridade e também se têm tornado progressivamente intolerantes com aqueles que têm perspetivas diferentes das deles. Os participantes são banidos, ridicularizados ou mesmo demonizados se as suas perspetivas não estiverem em consonância com as dos moderadores. Onde para a liberdade de pensamento, a Teosofia e os seus princípios?

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Editorial (2)

Jan Nicolaas Kind – Brasil

É a minha Blavatsky melhor do que a tua?

Parece que dentro dos nossos círculos, elementos da linha dura estão ainda tentando provar que inventaram a roda. Alguns dividiram o panorama teosófico entre aqueles que sabem e aqueles que mentem. Existem aqueles que estão exclusivamente ligados à verdade, qualquer que seja essa verdade, e aqueles que andarão sempre desligados.

Numa das redes sociais da internet, os participantes estão constantemente a ser tratados de forma paternalista e expostos cruamente por um moderador que aparentemente se auto-designou como a consciência da Sociedade Teosófica de Adyar, enquanto noutro lado alguns autores e editores de websites têm a tendência de proclamar o que lhes apetece. Os seus artigos e editoriais estão cheios de verbos modelo como “dever”, “ser preciso” e “ter de”. Eles apresentam-se como os bons pastores guardando o seu rebanho.

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A Nossa Unidade

INTRODUÇÃO

Começa uma nova série de textos no Theosophy Forward

Depois das anteriores, “Como avançar?” (2009), “Teosofia Viva” (2010), “O Nosso Mundo” (2011) e “O Nosso Trabalho” (2012), esta quinta série intitula-se “A Nossa Unidade”.

Nesta nova série diversos colaboradores irão expor vários contributos sobre o tema da Unidade Teosófica.

No passado fizeram-se diversas tentativas para unificar as várias tradições teosóficas. Todas estas tentativas falharam. Na maior parte dos casos e até hoje, todos aqueles que estão alinhados com uma das muitas organizações teosóficas, reservam opiniões negativas dos seus companheiros teosofistas devido ao que lhes disseram dentro dos seus próprios círculos. Velhos conflitos, preconceito, ignorância, intolerância, e acima de tudo a falta de compaixão conduziram a que os teosofistas se distanciassem uns dos outros, enquanto ao mesmo tempo, todos eles afirmam que “formar um núcleo da Fraternidade Universal da Humanidade” é o seu principal objetivo.

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